LIVROS são seres mágicos, produtos de infinita ânsia e de permanente orgulho pessoal. Muitos pouco valor coletivo possuem, porém todos acalentam as almas mais diversas. Eis como encará-los:
Paralisado eu os olhava,
Entediados me encaravam,
Os via enfileirados,
Performáticos, incólumes a minha frente.
Não ousava os falar,
Somente os encarava,
Em frente a minha atenção, aos poucos,
Desfaziam-se.
Em gritos me chamavam,
Assinalando nossas buscas.
Paralisado me detive,
Sobre o querer e o saber,
Angustiado vomitava.
As vozes roucas, sigmáticas dos livros
Alucinavam-me.
Nada mais pronunciei.
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