O Tapará é um dos afluentes do Tapajós. A poesia que segue marca o quanto o "mundo dos rios" que é a Amazônia:
Na pata do boi
da várzea crescente,
na malhadeira meeira do mundo
dos rios.
Canoas, rabetas nas águas barrentas,
Curumatá, surubim, pacú,
Pirapitinga do baixo rio.
Nas águas barrentas
do Amazonas sedento,
nas águas serenas
dos canoeiros velozes.
Na remação e no mata-mata
dos dias parados e
do brega rasgado.
Fundo de mata,
beira de rio
que na pata do boi
da várzea secante
se faz na remarcação daquele
mundo de rios.
Poronga com um punhado dӇgua
Pororoca da Invernada
Rio-mar dessa cantinga de beira-rio.
A Amazônia é espaço social de muitas imaginações e sensibilidades. Temos grandes nomes da literatura, não tão grandes para o seu povo, que mal os conhecem, afinal, quem já leu ou ouviu a bela poesia de Max Martins ver-o-peso"? POucos, creio eu, infelizmente. porque considero que conhecer o que se produz em sua terra é condição para o fortalecimento de uma identidade.
ResponderExcluirA poesia "beira do tapará" fala dessa identidade, desse ser no mundo que é o homem amazonida, com suas idiossincrasias, lutas, perspectivas, buscas. Fala desse território disputado por ambientalistas, criticos, politicos, mas também por águas poéticas e por humanos que veem e voam como as águias...
UM abraço
Moara
A Amazônia é pouco entendida pelo Brasil e pelo Mundo, necessitamos construir identidade, inclusive poética.
ResponderExcluirSegue dizeres do que gente daqui canta do mundo:
ResponderExcluirCANTICO A TEORIA
Dos cânticos antigos
Brandia visões miúdas
De poetas malditos:
Poe e Baudelaire.
Das visões miraculosas
Das cegueiras havidas
Dos despercebidos amanhãs
Entoava Machado e Saramago.
Misturava Galbraith e Drummond
Duas rosas
Duas palavras
Vastas teorias.
Inoculava gestos e prazeres
Copiava tua pele nua
Sentenciava as armas postas
Calava as almas perdidas.
Misturava Furtado e Garcia Marques
Estalava as pálpebras rígidas
Divagava sermões irônicos
Falia os pulmões aflitos.
Brandia Marx e Vargas Losa
Chantagiava classes
Solicitava afeto
Rugia asfalto
Soluçava miragens aflitas
Da entediada alma.
Sussurrava aos teus mudos ouvidos
Palavras de profetas
Trotsky entediado
Lênin esquecido
Benjamim maldito.
Falácias de terras arrasadas
Grunhidos de generais latinos
Sentenças de mulheres mal-amadas.
Distinguia tua douta teoria
Dos nossos lívidos olhares
E por fim
Misturava Rosas e Buarques.
DIA VERMELHO
ResponderExcluirPELA PRIMEIRA VEZ NA HISTORIA DESTE GRANDE PAIS ELEGEMOS UMA MULHER PARA GOVERNAR, TRAÇAR OS RUMOS DA NAU EM BUSCA DE BONS VENTOS BOAS NOTICIAS PARA UMA POPULAÇÃO QUE SOFRE OS EFEITOS DE UMA SOCIEDADE DESIGUAL, CONCENTRADORA,
SIGAMOS SIGAMOS
SEJAMOS TAMBÉM NAUTAS E SUJEITOS ...
BOA SORTE A NOSSA PRESIDENTA.
Naza